Escola Psicanalítica da Escuta Periphérica: uma nova era
Fundada por Jairo Carioca de Oliveira, Ronald Lopes e Hudson A. R. Bonomo, a Escola Psicanalítica da Escuta Periphérica é a primeira instituição dedicada a formalizar a formação permanente de psicanalistas periphéricos. Ela representa a institucionalização do projeto de pesquisa e ativismo desenvolvido por anos no coletivo CPAPEC, sendo um marco como a primeira escola de psicanálise do Brasil com mais de 50% de representação de pessoas negras, pardas e indígenas, além de significativa representação LGBTQIAPN+.
Missão Transformadora
A escola tem como missão construir uma formação psicanalítica decolonial, antirracista e anticapitalista. Seu objetivo é romper com a lógica hegemônica e eurocentrada que historicamente permeou a psicanálise, propondo uma “clínica do impossível”. Esta clínica é voltada para os sujeitos marcados pelo abandono social, pela violência estrutural e pelas diversas formas de opressão, buscando oferecer um espaço de escuta e elaboração que reconheça e valide suas experiências.
Visão e Fundamentos
A formação oferecida pela Escola baseia-se em um diálogo crítico e constante com a psicanálise tradicional, ao mesmo tempo em que se articula profundamente com pensadores como Frantz Fanon e Lélia Gonzalez. O objetivo é criar e consolidar ferramentas teóricas e clínicas que sejam genuinamente capazes de lidar com as complexas realidades brasileiras e com as subjetividades produzidas nas margens.
Destaque na Mídia
A fundação e o impacto da Escola foram tema de matéria no portal Brasil 247, que destacou sua importância como o início de “uma nova era para a clínica periférica” no país, reconhecendo seu papel pioneiro e a relevância de sua proposta.